A masturbação é um vício na área sexual cuja guerra é lenta e muito silenciosa. A masturbação pode ser considerada dentro da área sexual como uma droga, vicia lentamente e seus efeitos são devastadores no mundo espiritual. É um pecado, cuja finalidade é a abertura para outros pecados da área sexual. Fatores que geram a masturbação:
1º. Fatores Sócio-Psicológicos
2º. Fatores Emocionais
3º. Fatores Espirituais I.
FATORES SÓCIO-PSICOLÓGICOS Esse fator é gerado pela pressão que um grupo exerce sobre um indivíduo.
É quase certo que, por volta de 70% das pessoas que praticam masturbação, conheceram essa prática na fase Infanto-Juvenil. Para um adolescente, que está naturalmente exposto às descobertas em seu próprio corpo, que está em transição, é natural certa curiosidade sexual. Porém, acontece que o diabo, que é tão velho quanto a Terra, sabendo dessa tendência natural, envolve a juventude nessas práticas.
A Própria Palavra de Deus nos diz que não somos desse mundo, mas, estamos nele. Por isso é impossível viver em uma sociedade sem Deus, sem receber em nosso corpo, alma ou espírito alguma espécie de contaminação.
Umas dessas contaminações são as famosas prosas sexuais, que acontecem em rodinhas de jovens e adolescentes, que certamente possuem freqüente ou ocasionalmente um jovem cristão. Pelo fato de esses jovens não expressarem a mesma fé, e de não ser fácil lutar contra o desejo carnal do sexo antes do casamento, há sempre uma fuga: A MASTURBAÇÃO.
De acordo com o dicionário MASTURBAÇÃO é: Provocar com a mão ou com objetos adequados o gozo venéreo em. O fator Sócio-Psicológico é gerado por que se torna como uma válvula de escape para a tensão sexual.
II. FATORES EMOCIONAIS São formados pela tendência que uma pessoa tem de se refugiar de alguma coisa maligna que atormenta seu passado. A fuga de uma rejeição ou de algum trauma. A rejeição gera uma carência afetiva, sentimental até isso se manifestar em uma carência de nível corporal. Como não há a maturidade ou a legalidade de se haver um relacionamento físico com outra pessoa a válvula de escape é a masturbação.
III. FATORES ESPIRITUAIS São gerados no mundo espiritual a masturbação pelo fato de haver:
1º. Decisão de masturbar-se;
2º. Maldição hereditária ou familiar na área sexual;
3º. Pecados Sexuais;
4º. Pornografia.
A masturbação começa com um comando pervertido da Vontade Humana, pois é liberada no mundo espiritual, uma sentença pela boca dos demônios, que influenciam em nossa decisão.
Agrupamentos comuns de Demônios da Masturbação
Auto-Rejeição
Hereditariedade
Bloqueio Emocional
Medo de solidão
Bloqueio Espiritual
Miséria
Bloqueio Mental
Pornografia
Culpa
Pensamentos Impuros
Dependência Física
Rejeição
Dor
Violência
Sensualidade
Torpeza
Dois gêneros de Demônios da Área Sexual:
1º. Exus Mirins
2º. Pombas Giras
Esses demônios entram pela respiração no ato da ejaculação e se alojam, no Baço (Lado Direito no homem) e no rim (lado direito da mulher). São demônios que se alimentam de carne e são expulsos mediante quebra do mal e unção com óleo.
Exus Mirins Acompanham as crianças que praticam masturbação. Atacam mais as crianças que ainda não produzem esperma. Até mais ou menos onze ou doze anos de idade.
Pombas Giras Acompanham mulheres que praticam masturbação. Podem acompanhar também alguns homens que sentem um prazer sexual com essa prática, é como se eles praticassem sexo com elas, esses demônios podem ser os mesmos que perturbam durante a noite. As pombas-giras-mirins, acompanham as crianças (meninas) que têm essas praticas. Existe uma Pomba-Gira em particular que pode se manifestar como uma mulher de vestido vermelho bem sensual, colado ao corpo, com longos cabelos negros e peles brancas, e com uma pequena bolsa que carrega debaixo do braço.
Esses demônios podem entrar na vida de uma pessoa, sendo que suas manifestações são silenciosas.
Esses demônios entram no momento da ejaculação, pela respiração, se ligam ao corpo e a alma no momento em que acontece a “Amnésia Sexual Temporária”, podem se esconder, nos órgãos sexuais internos sendo que seus preferidos são a próstata no homem e, úteros e ovários na mulher.
Alojam-se também nas palmas das mãos e entre os dedos deixando neles o seu lixo. Pode haver aí uma transferência por imposição de mãos.
Nas casas seus locais de alojamento podem ser:
Ø Banheiros: Em cima ou em frente ao vaso sanitário, ao lado das pias ou em baixo delas, atrás de portas, em cima do chuveiro, nos ralos do banheiro.
Ø Salas: Na televisão, no botão de ligar a televisão, em sofás, em buracos nos sofás, nos cantos da sala e nos cantos do teto.
Ø Ao lado do Computador.
Passos para a Libertação
Por se tratarem de demônios que se alimentam da natureza carnal, da área sexual, devem ser libertos:
1. Corpo
2. Alma
3. Espírito
1. Corpo
Ø Ungir:
a) Umbigo;
b) Baço (homem) ou Rim (mulher);
c) Testa;
d) Olhos;
e) Palmas das mãos;
f) Entre os dedos;
g) Nariz.
h) Desligar toda a influência dos vícios e a dependência física e espiritual dessa prática.
A. Unção no umbigo
Ungir e renunciar todo ato de contaminação sexual, expulsar Amouram e retirar todo lixo e atadura espiritual.
B. Unção no baço ou rim
Retirar todo o lixo espiritual da área sexual, quebrar a fortaleza sexual, retirar a seta espiritual que ali se alojou e seu o veneno, renunciar toda manifestação por estruturas orgânicas (Hérnia ou etc.) e expulsar os demônios da área sexual.
C. Unção na testa
Retirar toda contaminação espiritual da mente. Ungir quebrando e anulando toda fortaleza mental.
Desligar Todo laço de alma com a masturbação e a carne. Desligar o controle mental pelos encantamentos.
Quebrar toda a influência maligna noturna:
Ø Sonhos: Renegar os sonhos malignos, suas influências, expulsar Lilith. Pedir perdão por toda vez que praticou sexo inconscientemente com súcubos e íncubos, expulsá-los e retirar tudo o que foi deixado no seu corpo e alma.
Ø Polução Noturna: Renegar toda “Influência maligna” que se utilizou da polução noturna. Consagrar o sono e a noite à Deus.
Ø Expulsar os demônios que atuam no sono (Lilith, Lísipe e Nosferatus, no caso de vampirismo sexual ‘pessoa acordar muito cansada’).
Ø Retirar todos os implantes espirituais das trevas deixados no corpo.
D. Unção nos olhos
Pedir perdão à Deus e retirar toda contaminação espiritual que entrou por eles.
Expulsar os demônios que ali se alojaram.
E. Unção nas Palmas das Mãos
Pedir perdão por ter contaminado as mãos com o pecado da masturbação.
Expulsar os demônios que ali se alojaram.
Retirar toda a contaminação espiritual ali deixada.
F. Unção entre os dedos
Expulsar os demônios que ali se alojaram.
Retirar toda a contaminação.
G. Unção no nariz
Renunciar a entrada de demônios elas vias aéreas.
Retirar toda a contaminação, fazendo-a passar, espiritualmente, onde está alojada até sair por onde entrou. Retirar toda raiz de impureza sexual.
Retirar toda contaminação e alojamentos demoníacos das vias aéreas.
2. Alma
a) Desligar alma
b) Cura Interior
c) Cura da Vontade
d) Expulsão de Demônios
e) Limpeza da Mente
f) Cura das Emoções
A. Desligar alma
Desligar a alma do laço que a envolvia no pecado, fazer isso utilizando a espada do Espírito.
B. Cura Interior
Uma pessoa que se envolveu nesse ato pecaminoso pode conter uma raiz de rejeição ainda não tratada por isso é necessário que a pessoa passe por uma ministração de cura interior.
A pessoa busca abrigo em uma perversão e vício sexual.
Retirar todo sentimento de culpa e de auto-rejeição.
C. Cura da Vontade
Oração para Cura da Vontade e unção contra toda passividade da mente.
Desligar com espada do Espírito todo mal que esteja afetando a vontade.
Aplicar o Sangue de Jesus em todas as áreas da Vontade que foram contaminadas.
Exercitar a Vontade com o poder da decisão da sentença de “não pecar mais”.
Desligar a memória contaminada dos costumes da Vontade, quebrando assim toda concupiscência.
Unção na testa e no alto da cabeça para selar a libertação da Vontade.
D. Expulsão dos demônios
Expulsar todo espírito maligno que tenha se alojado em qualquer área da mente.
Trazer os esconderijos pelo poder da Luz da Palavra de Deus.
Expulsar os espíritos de culpa, auto-rejeição, medo, auto-comiseração.
E. Limpeza da Mente
Feita durante a unção na testa.
F. Cura das Emoções
Desbloquear os sentimentos da pessoa que ficaram travados.
Fazer a cura das emoções da pessoa, pois ela pode apresentar afetividade e carência emocional exageradas.
3. Espírito
Desligar toda influência pecaminosa lançada sobre o espírito, desligar toda apatia, frieza e passividade espiritual.
Verificar se há aprisionamento de espírito.
Orar selando a libertação e ministrar uma unção com óleo.
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Fonte: http://jesus-masr.blogspot.com.br/2008/07/vcios-sexuais-masturbao.html
Nos anos 70, quando jogos de tabuleiros como "Dungeons & Dragons" começavam a ganhar os corações e as mentes dos nerds do mundo, sexo geralmente era apenas um parágrafo do livro de regras da maioria dos RPGs ou nem sequer era mencionado. Os personagens dos jogadores podiam matar dragões, explorar cavernas e salvar aldeias de todo tipo de vilão, mas os mundos dos jogos não eram realmente pensados para acomodar o amor e a ação física derivada dele.
Isso não impediu os mestres de criarem cenários relacionados a sexo para os jogadores - às vezes, até contra a vontade deles. Jogos de RPG, como boa parte da cultura nerd, surgiram como um espaço dominado pelos homens e assim permaneceram por décadas. Desde a concepção dos RPGs, as personagens mulheres sempre tiveram menos força ou velocidade que os personagens homens. Alguns jogos até implementavam uma "pontuação por beleza", que avaliava quanto uma personagem era atraente e quanto ela conseguia influenciar o sexo oposto. De acordo com uma pesquisa com 105 jogadoras conduzida em 2006 pelos estudantes de filosofia da Universidade de Miami para uma dissertação gênero nos RPGs, mais de 55% responderam que já tinham "se sentido desconfortável, julgada ou assediada por causa de seu gênero" ao jogar ou interagir com a comunidade do RPG.
Foi só no final dos anos 80 e começo dos 90 que empresas como a White Wolfcomeçaram a lançar títulos com certa conotação sexual, como "Vampiro: A Máscara", de 1991, que aborda os amores de vampiros góticos punks. Apesar de ter feito do romance e do erotismo partes importantes do jogo, "A Máscara", hoje, parece datado quando visto através das lentes de valores sexualmente positivos e inclusivos da comunidade LGBT e de feministas - como a maioria dos RPGs dos primórdios. Afinal de contas, esses games refletiam as fantasias de seus desenvolvedores e jogadores, e fantasias podem ser tingidas por preconceitos e ideias equivocadas.
Mas representações mais abertas e igualitárias de sexo e gênero estão finalmente se infiltrando nos RPGs. Na última edição de "D&D", por exemplo, uma nova opção "andrógena ou hermafrodita" acrescentada ao clássico personagem elfo Corellon Larethian. De acordo com as novas regras, é possível jogar com seu escolhido como "uma personagem feminina que se apresenta como homem, um homem que se sente preso num corpo de mulher ou como uma anã barbada que odeia ser confundida com um homem".
Outro jogo fazendo progresso é Numenera, um dos RPGs mais vendidos no Natal de 2014. Os desenvolvedores do jogo acabaram de lançar um suplemento oficial chamado "Amor e Sexo no Nono Mundo", criado pela escritora erótica Shanna Germain. "Queríamos criar um guia para o amor e o sexo, assim como criaríamos um guia para qualquer outro aspecto do jogo", ela me disse.
O suplemento inclui origens dos papéis de gênero e orientação sexual em "Numenera", modos de se incorporar o sexo no jogo e até itens especiais com que os personagens podem cruzar, como "ferve sangue", uma pílula que "causa um aumento de fluxo sanguíneo em qualquer parte do corpo estimulada".
Abordando o sexo e dando um corpo a regras e modos como os jogadores podem incorporar essa atividade no jogo, o suplemento de Numenera ajuda a estabelecer relações mais igualitárias entre os jogadores em geral. Isso inclui uma seção de como o consenso deve ser abordado, apontando que "esses tópicos devem ser tratados com cuidado e com um entendimento sólido do que seu grupo quer abordar na mesa".
Sexo e fronteiras de gênero estão avançando no mundo dos RPGs indies experimentais. A cena pequena de onde esses jogos emergiram permite que seus criadores e jogadores tenham a oportunidade de explorar o sexo de maneiras novas e emocionantes.
Avery Mcdaldno é parte da nova geração de desenvolvedores que estão mudando a paisagem do RPG. Ela está criando títulos centrados em sexo e romance que, segundo ela, tratam de "queers, comunidade e desilusão". Seu jogo "Monsterhearts" baseia suas regras em outro RPG indie,Apocalypse World, mas coloca a ação numa escola de ensino médio cheia de monstros.
"Eu queria um jogo que pegasse emprestada a estrutura de 'Apocalypse World' (triângulos amorosos complicados, sucessos parciais, princípios de liderança, mudanças abruptas de poder) para contar a história desses monstros adolescentes", ela contou. Ela acrescentou que "Monsterhearts" e seus personagens são influenciados por "Buffy, a Caça-Vampiros", "Crepúsculo" e "Jovens Bruxas", mas que seu jogo não é tão "dolorosamente heterossexual" como a maioria dos romances sobrenaturais adolescentes.
"Esses jogos abordam uma agenda queer", afirmou Avery. "Há uma sequência de duas páginas sobre a importância de fazer seu monstro ter experiências queer; além disso, os temas queer permeiam os mecanismos do jogo. "Monsterhearts" é sobre ambiguidade, incerteza, vergonha do seu corpo, vergonha sobre o que você quer, sentir que você tem algo a esconder, ter tesão... mas especialmente ter tesão de maneiras que te surpreendem. É sobre lidar com [a forma] como o sexo cruza com o poder."
Isso, como você pode imaginar, é uma evolução extremamente dramática da idade das trevas da "tabela de meretrizes" da primeira edição do Guia do Mestre para "Dungeons & Dragons Avançado", que descrevia as personagens femininas com pérolas desde "moças devassas" até "trolls desleixadas".
Enquanto "Numenera" e "Monsterhearts" oferecem oportunidades de romance, outros RPGs retratam o sexo da maneira mais chocante e grotesca possível. Um dos primeiros títulos a fazer isso foi "F.A.T.A.L", de 2002, que já foi chamado. de "RPG do estupro" e um dos piores da categoria de todos os tempos; entre todos os tipos de problemas, as regras tinham diretrizes e mecanismos extensos sobre estupro, mas nunca mencionavam sexo consensual.
Apesar de "F.A.T.A.L" ter sido universalmente criticado, ainda há jogos que oferecem uma mistura polêmica de sexo, choque e humor. "Lamentations of the Flame Princess", criado por James Edward Raggi 2º, foi lançado em 2011 e envolve sacrifício, cultos sexuais, um monstro chamado Penis Walker e aventuras com títulos como "Transe por Satã".
"Estou intencionalmente tentando arranjar confusão", me contou Raggi. "Uma das coisas que estou tentando fazer é desenterrar a ideia de que ''Dungeons & Dragons' é satânico, que isso faz as pessoas se matarem, que é horrível'. Da minha perspectiva, a TSR [a empresa que era dona do "D&D"] cedeu totalmente nisso. Se eles tivessem dito 'De jeito nenhum, vocês estão loucos', teríamos um hobby muito diferente nas mãos agora."
"Lamentations of the Flame Princess" tem sido criticado por alguns jogadorespor seus retratos de violência contra a mulher. Quando pedi a James que comentasse sobre isso, ele disse: "Alguns anos atrás, por causa de acusações como essas, fui até o livro de "Regras & Mágica" e contei certas ocorrências". De acordo com ele, os homens são massacrados numa taxa de 8:1 na arte do livro.
"Há muita merda horrível retratada nos livros "LotFP"; e, às vezes, isso até envolve genitais", explicou James. "Qualquer um pode escolher exemplos e fazer a acusação que quiser, mas ninguém pode pegar a obra inteira e dizer sinceramente que há um excesso de mulheres vitimadas."
Mas quais são os momentos mais polêmicos do jogo dele? "O núcleo do livro de regras tem uma medusa transformando um cara em pedra enquanto eles transam e uma ilustração de Vince Locke de um ataque no qual um zumbi enfia o braço na vagina da mulher. De todas as reclamações, em todos as ilustrações, essa é a preferida. No que me diz respeito: missão cumprida."
No entanto, Kira Magrann, jogadora ávida e blogueira doGamingAsWomen.com, não se impressionou com o RPG de Raggi.
"Acho que jogos que usam sexo para provocar e chocar são como a maioria das mídias que fazem o mesmo... meio chatos?", ela frisou. "O que é considerado chocante e provocador varia muito, mas, quando ouço esses termos, penso em 'estupro e violência' como o contrário de 'sombrio e pervertido'. Há muitos jeitos de se mostrar todo tipo de coisa ainda perversa retratando consentimento, igualdade de gênero e sexo seguro."
E é por isso que ela deu boas-vindas aos desenvolvimentos recentes: positivos nesse sentido, eles estão ganhando espaço nos RPGs. E ela acredita que ainda há muito espaço para isso crescer. "Acho que, se você quer personagens bem desenvolvidos em qualquer jogo, independentemente das regras, você precisa tocar em questões como relacionamento e sexo muito mais do que a maioria dos jogos fazem hoje."
Jogadores e criadores estão prontos para abraçar e experimentar sexo e sexualidade de maneira madura e equilibrada? Provavelmente, não. E a maioria das editoras ainda está começando a aceitar tais temas de uma maneira que não seja infantil ou insensível. No entanto, para os fãs corajosos e aventureiros de RPG, nunca houve um momento melhor para ser um elfo cheio de tesão.
Isso não impediu os mestres de criarem cenários relacionados a sexo para os jogadores - às vezes, até contra a vontade deles. Jogos de RPG, como boa parte da cultura nerd, surgiram como um espaço dominado pelos homens e assim permaneceram por décadas. Desde a concepção dos RPGs, as personagens mulheres sempre tiveram menos força ou velocidade que os personagens homens. Alguns jogos até implementavam uma "pontuação por beleza", que avaliava quanto uma personagem era atraente e quanto ela conseguia influenciar o sexo oposto. De acordo com uma pesquisa com 105 jogadoras conduzida em 2006 pelos estudantes de filosofia da Universidade de Miami para uma dissertação gênero nos RPGs, mais de 55% responderam que já tinham "se sentido desconfortável, julgada ou assediada por causa de seu gênero" ao jogar ou interagir com a comunidade do RPG.
Foi só no final dos anos 80 e começo dos 90 que empresas como a White Wolfcomeçaram a lançar títulos com certa conotação sexual, como "Vampiro: A Máscara", de 1991, que aborda os amores de vampiros góticos punks. Apesar de ter feito do romance e do erotismo partes importantes do jogo, "A Máscara", hoje, parece datado quando visto através das lentes de valores sexualmente positivos e inclusivos da comunidade LGBT e de feministas - como a maioria dos RPGs dos primórdios. Afinal de contas, esses games refletiam as fantasias de seus desenvolvedores e jogadores, e fantasias podem ser tingidas por preconceitos e ideias equivocadas.

Shanna Germain | ||
Vice - 'Transe por Satã': A Nova Geração de RPGs Centrados em Sexo - Imagem de Numenera: Love and Sex in the Ninth World. Imagem cortesia de Shanna Germain. |
O suplemento inclui origens dos papéis de gênero e orientação sexual em "Numenera", modos de se incorporar o sexo no jogo e até itens especiais com que os personagens podem cruzar, como "ferve sangue", uma pílula que "causa um aumento de fluxo sanguíneo em qualquer parte do corpo estimulada".
Abordando o sexo e dando um corpo a regras e modos como os jogadores podem incorporar essa atividade no jogo, o suplemento de Numenera ajuda a estabelecer relações mais igualitárias entre os jogadores em geral. Isso inclui uma seção de como o consenso deve ser abordado, apontando que "esses tópicos devem ser tratados com cuidado e com um entendimento sólido do que seu grupo quer abordar na mesa".
Sexo e fronteiras de gênero estão avançando no mundo dos RPGs indies experimentais. A cena pequena de onde esses jogos emergiram permite que seus criadores e jogadores tenham a oportunidade de explorar o sexo de maneiras novas e emocionantes.
Avery Mcdaldno é parte da nova geração de desenvolvedores que estão mudando a paisagem do RPG. Ela está criando títulos centrados em sexo e romance que, segundo ela, tratam de "queers, comunidade e desilusão". Seu jogo "Monsterhearts" baseia suas regras em outro RPG indie,Apocalypse World, mas coloca a ação numa escola de ensino médio cheia de monstros.
"Eu queria um jogo que pegasse emprestada a estrutura de 'Apocalypse World' (triângulos amorosos complicados, sucessos parciais, princípios de liderança, mudanças abruptas de poder) para contar a história desses monstros adolescentes", ela contou. Ela acrescentou que "Monsterhearts" e seus personagens são influenciados por "Buffy, a Caça-Vampiros", "Crepúsculo" e "Jovens Bruxas", mas que seu jogo não é tão "dolorosamente heterossexual" como a maioria dos romances sobrenaturais adolescentes.
"Esses jogos abordam uma agenda queer", afirmou Avery. "Há uma sequência de duas páginas sobre a importância de fazer seu monstro ter experiências queer; além disso, os temas queer permeiam os mecanismos do jogo. "Monsterhearts" é sobre ambiguidade, incerteza, vergonha do seu corpo, vergonha sobre o que você quer, sentir que você tem algo a esconder, ter tesão... mas especialmente ter tesão de maneiras que te surpreendem. É sobre lidar com [a forma] como o sexo cruza com o poder."
Isso, como você pode imaginar, é uma evolução extremamente dramática da idade das trevas da "tabela de meretrizes" da primeira edição do Guia do Mestre para "Dungeons & Dragons Avançado", que descrevia as personagens femininas com pérolas desde "moças devassas" até "trolls desleixadas".
Reprodução | ||
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Divulgação | ||
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Capa de F.A.T.A.L. |
"Estou intencionalmente tentando arranjar confusão", me contou Raggi. "Uma das coisas que estou tentando fazer é desenterrar a ideia de que ''Dungeons & Dragons' é satânico, que isso faz as pessoas se matarem, que é horrível'. Da minha perspectiva, a TSR [a empresa que era dona do "D&D"] cedeu totalmente nisso. Se eles tivessem dito 'De jeito nenhum, vocês estão loucos', teríamos um hobby muito diferente nas mãos agora."
James Edward Raggi IV | ||
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Ataque zumbi de uma das páginas de Lamentations of the Flame Princess. Imagem cortesia de James Edward Raggi IV. |
"Há muita merda horrível retratada nos livros "LotFP"; e, às vezes, isso até envolve genitais", explicou James. "Qualquer um pode escolher exemplos e fazer a acusação que quiser, mas ninguém pode pegar a obra inteira e dizer sinceramente que há um excesso de mulheres vitimadas."
Mas quais são os momentos mais polêmicos do jogo dele? "O núcleo do livro de regras tem uma medusa transformando um cara em pedra enquanto eles transam e uma ilustração de Vince Locke de um ataque no qual um zumbi enfia o braço na vagina da mulher. De todas as reclamações, em todos as ilustrações, essa é a preferida. No que me diz respeito: missão cumprida."
James Edward Raggi IV | ||
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O monstro Penis Walker das páginas de Lamentations of the Flame Princess. Imagem cortesia de James Edward Raggi IV. |
"Acho que jogos que usam sexo para provocar e chocar são como a maioria das mídias que fazem o mesmo... meio chatos?", ela frisou. "O que é considerado chocante e provocador varia muito, mas, quando ouço esses termos, penso em 'estupro e violência' como o contrário de 'sombrio e pervertido'. Há muitos jeitos de se mostrar todo tipo de coisa ainda perversa retratando consentimento, igualdade de gênero e sexo seguro."
E é por isso que ela deu boas-vindas aos desenvolvimentos recentes: positivos nesse sentido, eles estão ganhando espaço nos RPGs. E ela acredita que ainda há muito espaço para isso crescer. "Acho que, se você quer personagens bem desenvolvidos em qualquer jogo, independentemente das regras, você precisa tocar em questões como relacionamento e sexo muito mais do que a maioria dos jogos fazem hoje."
Jogadores e criadores estão prontos para abraçar e experimentar sexo e sexualidade de maneira madura e equilibrada? Provavelmente, não. E a maioria das editoras ainda está começando a aceitar tais temas de uma maneira que não seja infantil ou insensível. No entanto, para os fãs corajosos e aventureiros de RPG, nunca houve um momento melhor para ser um elfo cheio de tesão.
Tradução de MARINA SCHNOOR